O que O Livro de Urântia significa para mim - Obol Sunday Jimmy

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Obol Sunday Jimmy

Por Obol Sunday Jimmy, Kampala, Uganda

Em minha busca para saber por que Melquisedeque foi mencionado apenas três vezes na Bíblia durante minha aula de confirmação, meu professor não conseguiu me dar uma resposta lógica. Em vez disso, disseram-me que eu era muito jovem para entender certos elementos da Bíblia. Eu fui desafiador e fui direto ao pároco para obter respostas. Ele me disse que até que alguém estude teologia, é difícil compreender alguns versículos bíblicos.

Senti-me ridicularizado pela sugestão de que o conhecimento espiritual era o domínio daqueles iniciados nos dogmas religiosos. Eu protestei saindo da classe de confirmação. (Até hoje não me curvo a doutrinas religiosas.) Procurei então a opinião de meu amigo de infância Khatukhira Bernard. Ele disse que não sabia responder a essa pergunta, mas me levou à casa de seus pais, onde me entregou O Livro de Urântia.

Lembro-me da data em que o livro falou pela primeira vez em minha mente consciente: 9 de outubro de 1998. Eu estava com o livro há sete dias quando finalmente o abri. O primeiro parágrafo do Prefácio é em si uma revelação que leva o leitor ao mais alto e abstrato nível de discussão sobre Deus, muito além do histórico cultural ou das práticas de adoração.

Infelizmente, a religião abraâmica criou tanta confusão, afirmando que Deus só pode ser entendido por meio da fé abraâmica-caso contrário, a pessoa é vista como pagã. O resultado é separar o homem de Deus ao exigir uma perspectiva estranha às pessoas em tantas culturas.

Não há palavras maiores ou mais mágicas a serem encontradas nesses livros religiosos abraâmicos do que as declarações de O Livro de Urântia sobre Deus. Mesmo a Parte IV sobre a vida e os ensinamentos de Jesus não pode ser realmente compreendida, a menos que o leitor tenha superado a “pobreza conceitual” que lhes causou “...grande confusão a respeito do significado de termos como Deus, divindade e deidade”. 0:0.1 (1.1)

O Livro de Urântia removeu o véu que cobria minha mente então, permitindo-me uma compreensão de Deus—primeiro o Deus interior, depois o Deus exterior e finalmente o Deus na diversidade além da personificação religiosa. O Espírito da Verdade me guiou na busca da verdade cujas revelações vieram através dos diferentes seres celestiais, ao invés de serem transmitidas pela tradição oral onde os significados foram alterados e perdidos. Essas novas revelações servem ao propósito mais elevado da verdade de assegurar a realização da irmandade do homem e da Paternidade de Deus entre os mortais de Urantia.

Aqui está uma história que pode ajudar a explicar o que o livro significa para mim pessoalmente. Quando eu era uma criança de cerca de seis anos, eu morava com minha madrasta. Acontece que uma vez, quando minha mãe me visitou, roubei algum dinheiro dela, algo que nunca tinha feito antes. Aconteceu porque eu tinha ciúmes da vida dos meus colegas. Gastei um pouco e voltei para casa. Ela checou meu bolso e encontrou o troco. Depois que ela teve comigo uma conversa dura, fiquei sozinho e ouvi uma voz me falar, dizendo “vá se desculpar com ela e devolva o dinheiro restante”. Atendi a voz e senti um peso sair dos meus ombros, quando minha mãe disse: “não é sua culpa, filho!”

Então, o que O Livro de Urântia significa para mim? A chave é o Ajustador do Pensamento, cuja liderança acredito ter experimentado quando criança, mostrando-me como a escolha do livre arbítrio é útil quando a pessoa se sintoniza com a voz do Ajustador, que é a ponte entre o Pai Universal e a mente do mortal imperfeito.

No Documento 2, um Conselheiro Divino nos diz que “A misericórdia divina representa uma técnica equânime de ajustamento entre os níveis de perfeição e imperfeição do universo”. 2:4.5 (38.5) E também lemos na mesma seção que “A misericórdia é simplesmente a justiça temperada por aquela sabedoria que surge da perfeição do conhecimento e que advém do reconhecimento pleno da fraqueza natural e das limitações ambientais, das criaturas finitas”. 2:4:1 (38.1) Este ministério de misericórdia não transmite diretamente a realização da perfeição do amor divino, mas isso me foi revelado mais tarde, quando passei a apreciar a intervenção da misericórdia divina.

Que perspectivas vejo para compartilhar esta revelação com outras pessoas? No final, a ambigüidade do conceito de Deus só pode ser apreciada quando os significados das divindades culturais locais são adotados no aproveitamento da diversidade da humanidade. Para atender a essa necessidade, posso vislumbrar um futuro no qual Uganda, já no coração da África, pode se tornar um centro para a revelação do Livro de Urântia na África, um lugar para ancorar o movimento global do Livro de Urântia para a realização da fraternidade do homem e a Paternidade de Deus.

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