Por Anton Miroshnichenko, Kiev, Ucrânia
Encontrei O Livro de Urântia em 2005 enquanto trabalhava no Centro “Age of Aquarius” em Kiev, onde ajudei a organizar treinamento em meditação e práticas de desenvolvimento espiritual. Foi um momento de intensa mudança na minha vida. Tendo me formado recentemente na universidade, achei este trabalho interessante e útil. Fiz muitos novos amigos e descobertas!
Um dia eu vi um panfleto mencionando O Livro de Urântia no peitoril da janela. Lembrei-me do nome e depois comprei uma cópia. Li sozinho por dois anos, tendo decidido ler o volume inteiro antes de contar a alguém sobre ele. Eu queria ter 100% de certeza de que poderia confiar nele.
Vários anos se passaram, e O Livro de Urântia tornou-se parte de minha vida. Uma vez que reconheci que era um cidadão do universo, ganhei uma força nova e incomum para viver pacientemente esta vida terrena enquanto ansiava pela vida além deste mundo. Talvez venha do poder desse conhecimento tão acurado, lógico e preciso sobre o futuro.
Muitas vezes me lembro de Einstein fazendo a importante pergunta: “O universo é um lugar amigável?” Como se respondesse a esta pergunta, O Livro de Urântia não apenas afirma inequivocamente a amizade do universo, mas esclarece como e por quê. Aceito essa imagem do universo em minha alma—sem medo de ser enganado e com plena confiança e consciência.
Vinte anos depois, você não observaria nada de diferente em minha vida diária. Não realizo nenhum ritual especial; Não tenho superpoderes especiais; Não consigo ver chakras, anjos ou ouvir vozes celestiais. Não, depois de ler O Livro de Urântia, continuo a mesma pessoa que era. E, no entanto, há uma diferença!
O Livro de Urântia me ensinou a ter uma confiança maior no universo. No lugar do medo da morte está a alegria de esperar um futuro definido, embora ainda desconhecido. Essa alegria pode ser comparada à espera de um feriado na infância. Lembra como você antecipava a maravilhosa celebração de Ano Novo quando era pequeno? Este é o mesmo sentimento que experimento quando penso no momento em que abrirei meus olhos para outro mundo. Em vez de viver com medo do nada inevitável, desconhecido, assustador e sombrio, escolho viver em antecipação ao feriado.
O Livro de Urântia me ensinou a apreciar a extraordinária importância de minha vida terrena. Superar obstáculos neste mundo é uma experiência única e importante que nunca será repetida durante toda a nossa carreira de ascensão.
O Livro de Urântia me ensinou que somos todos irmãos e irmãs em espírito e diante de Deus.
O Livro de Urântia me ensinou a acreditar que o caminho da ascensão no universo está aberto a qualquer um que acredite. Por que a fé é tão importante? Porque fé é confiança, é a única resposta humana possível à oferta de ingressar em um universo amigável e governado de forma inteligente. Somente aceitando esta oferta podemos “abrir os olhos de novo” em outro mundo. Isso porque nem mesmo Deus força o homem a fazer qualquer escolha. A soberania absoluta do livre-arbítrio mortal na questão da sobrevivência eterna foi decretada pelo Criador, e mesmo ele não a violará.
Portanto, nunca tento convencer agressivamente uma pessoa da verdade de O Livro de Urântia se vejo que ela tem fé real. A fé salvará, e todos poderão descobrir os detalhes do arranjo do universo por conta própria, se não neste, então no próximo mundo.
O Livro de Urântia me ensinou paciência. Minha esposa não aprecia o livro, o que às vezes me incomoda. Mas eu aceito isso com compreensão. Eu não imponho isso aos meus filhos. Acredito que por enquanto eles só precisam ver que este livro é muito importante para mim. Nem todos os pratos que os adultos apreciam devem ser dados às crianças. Eu acredito que quando você começa a se familiarizar com O Livro de Urântia, você já deve ter algum banco de conhecimento sobre o mundo, e ter começado a desenvolver uma visão de mundo. Então O Livro de Urântia será capaz de complementar esta visão de mundo e poli-la como um diamante é lapidado. Até que os jovens estejam prontos para esse conhecimento, o amor dos pais por seus filhos deve garantir que eles venham a adotar os valores expressos na vida dos pais. Mas a escolha final é feita por cada indivíduo, e mais ninguém.
E a revelação me ensinou mais uma coisa—ou melhor, concentrou minha atenção nisso. É uma atenção à voz interior do Ajustador do Pensamento, a parte de Deus que reside em todos nós e nos guia através desta vida terrena complexa. É muito importante para mim ouvir a voz calma deste Mentor. Deus nunca força—ele apenas lidera. E está em nossa vontade ouvir ou não ouvir sua voz calma, mas definitiva.
Muitas vezes, sinto essa voz como um puxão, um desejo de fazer uma ação, acompanhado por uma sensação de sua correção. Um resultado de tal experiência é a divulgação de O Livro de Urântia na Ucrânia, que tenho feito com vários amigos como um projeto sem fins lucrativos. Há muitos anos, quem quer comprar livros vem até nós e os recebe pelo correio. Estou emocionado que os ucranianos tenham esta oportunidade, e espero que com o tempo completemos a tradução de O Livro de Urântia para o ucraniano e encontremos uma maneira melhor de distribuí-lo.
Em última análise, direi que O Livro de Urântia me inspira ao que eu chamaria de uma sede calma e imutável pela vida. Naturalmente, há momentos em que me decepciono. Posso ficar cansado e até sofrer períodos de depressão. Mas essa sede constante de vida nunca me permite levar os sentimentos negativos muito a sério. Meros sentimentos não podem abalar minha fé e confiança em um universo amigável. Nada no mundo pode nos separar de Deus e de seu amor.